Para o presidente do Grupo Pão de Açúcar, a principal concorrência a ser superada nos planos de expansão da rede são os supermercados regionais. “As grandes redes têm os mesmos problemas que a gente. Mas, nas microrregiões, o ‘player’ local dá um trabalho danado. A loja copia tudo o que o grande faz e pode até dar uma melhorada”, afirmou Enéas em entrevista à Folha de S. Paulo.

Enéas explica que, apesar de não possuírem o mesmo poder de investimentos das grandes companhias, as redes regionais possuem um contato mais direto com o consumidor e uma burocracia menor. “A maior vantagem é que o dono está lá, no chão de loja, operando, decidindo. Conhece o cliente pelo nome, e, se quebrar uma lâmpada, manda trocar e resolve tudo na hora”, exemplifica.

Para o presidente do GPA, a melhor forma de uma gigante disputar o público com essas redes é descentralizando as decisões. “É dando autonomia para o gerente e para as pessoas que estão na ponta, lidando com os clientes. Descentralização com responsabilidade, limites e controle. É assim que tem de ser.

Investimentos

Enéas Pestana também comentou os planos de expansão do GPA, anunciados em abril, que devem movimentar R$ 2 bilhões. Segundo o executivo, cerca de 70% do valor deve ir para novas lojas com foco nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. “No Sul, não devemos ampliar, é um mercado mais difícil, onde os supermercados regionais têm mais força”, explica.

Ele também reiterou que a maior parte dos aportes deve ir para as bandeiras Assaí e Minimercado Extra. “São os dois formatos em que estamos investindo mais. Não porque a gente acredita mais neles, mas pelo momento ser favorável”, destaca o presidente do GPA.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo