A Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) disse, em nota, que os itens disponíveis no mercado hoje “encontram-se em perfeitas condições de consumo”. “Os [oito] lotes identificados com problema foram retirados do mercado e não se encontram mais à disposição do consumidor.”

A ABLV disse acompanhar desde o início o trabalho realizado há meses pelo Ministério da Agricultura e Ministério Público, mantido sob sigilo pelas autoridades em razão da natureza da investigação.

“O problema foi pontual e ocorreu com a matéria-prima (leite cru) durante seu transporte”, declarou, sem explicar como o item chegou a ser comercializado com adulterações.

A ABLV também disse que “condena veementemente qualquer ação que comprometa os padrões de qualidade do leite e a segurança do consumidor e confia na apuração dos fatos e na responsabilização dos culpados”.

A representação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Rio Grande do Sul (SFA-RS) e o Ministério Público do Estado (MP-RS) desencadearam nesta quarta-feira, 8, a Operação Leite Compen$ado, que resultou no cumprimento de nove mandados de prisão e oito de busca e apreensão nas cidades de Ibirubá, Guaporé, Horizontina.

Conforme o Ministério, em nota, na análise de amostras realizadas em janeiro pelo laboratório oficial da pasta foi possível identificar a presença do formol em seis lotes de leite UHT da marca Italac (da Goiasminas Indústria e Lacticínios Ltda), produzido na unidade de Passo Fundo – RS (SIF 1369); em um lote de leite Líder (da Latícinios Bom Gosto/LBR), fabricado na fábrica de Tapejara – RS (SIF 4182) e em um lote do leite UHT Mu-Mu, de 18 de janeiro de 2013 produzido pela Vonpar Alimentos na unidade de Viamão – RS (SIF 1792).

Procurada pela reportagem, a Italac classificou o episódio como “pontual”. Em nota, disse que todos os itens identificados com problema foram retirados do mercado e que os outros produtos da companhia encontram-se em “perfeitas condições de consumo com total segurança e qualidade”. A empresa afirmou que defende ações que assegurem a qualidade do leite em toda a sua cadeia de produção.

Já a Líder, marca de UHT da LBR – Lácteos Brasil, informou, por meio de nota, que cinco transportadoras terceirizadas de leite cru foram descredenciadas pela companhia após o episódio da adulteração de itens no Estado do Rio Grande do Sul. A empresa também disse ter decidido fechar um dos postos de resfriamento no Rio Grande do Sul por causa da ação de fraudadores na região.

(Por Exame) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo