O mercado mobile tem se mostrado bastante promissor, seja aqui no Brasil como no mundo todo. Fato que pode ser notado pelo aumento considerável de smartphones e tablets. No início de 2013, em levantamento divulgado pelo Ibope e a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), a média diária do uso de smartphones pelos brasileiros passa de 84 minutos comparado aos 74 minutos gastos mundialmente. Já os tablets seguem com 79 minutos sobre 71 minutos da média global.
Mas o que chama tanto a atenção dos adeptos a esse tipo de tecnologia? Com a popularização dos gagdets e da internet, essas ferramentas trouxeram praticidade no dia a dia das pessoas. Por exemplo, antigamente pagar uma conta só era possível indo na própria agência bancária. Hoje, muitas instituições financeiras disponibilizam o mobile banking para fazer algumas operações pelo celular, como o pagamento de contas.
Nesse panorama, o mobile payment (ou m-payment) se vê como uma próspera tendência de mercado. Muitos países já adotaram esse tipo de pagamento feito por dispositivos móveis. Aqui no Brasil não é uma realidade, pois o governo ainda não tem previsão para implantar o sistema. O debate sobre o marco regulatório é um dos maiores impasses para regularizar a tecnologia nacionalmente.
Com o mobile payment o país estará caminhando para o progresso com ótimas chances de atingir uma larga escala da população brasileira. Isso porque é preciso pensar que nem todos têm acesso a contas bancárias. E com a opção de pagamento móvel, o governo prevê que a medida traga inclusão bancária.
Outro aspecto importante que está sendo discutido é a criação de dois tipos de m-payment. Uma solução mais simples, que envolve um sistema similar ao de SMS, e outra mais sofisticada, com o uso de tecnologias avançadas. Neste último caso, a comunicação por proximidade de campo (NFC) é considerada por muitos como a nova onda tecnológica na telefonia móvel.
O mobile payment pode ser avaliado como oportunidade para as instituições financeiras e as empresas. Com projeções no aumento das vendas de produtos e serviços relacionados, o novo conceito de pagamento pode contribuir de várias maneiras, por exemplo, na gestão das informações, na agilidade das operações financeiras e, sobretudo na questão da segurança. Outro ponto importante é a sustentabilidade, ou seja, a diminuição dos gastos com impressões de comprovantes.
Só para se ter em mente, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) divulgou que o Brasil chegou a 264 milhões de linhas de telefonia móvel só em março deste ano. E com o crescimento da venda de gadgets aquecida, os números tendem a crescer. A consultoria IDC apontou que em 2012 os brasileiros compraram 16 milhões de smartphones e mais de 3 milhões de tablets.
Hoje, por exemplo, fazer compras no supermercado e pagar com dinheiro vivo, cartão de crédito ou débito são os mais usados. Agora imagine que com o m-payment é só tirar o smartphone do bolso e efetuar o pagamento através do NFC. Além de evitar longas filas, o pagamento móvel pode armazenar os históricos das compras no consumidor.
É preciso que haja incentivo governamental para incluir o mobile payment como opção para pagamentos. Alguns dias atrás, a Receita Federal liberou um aplicativo para preencher e entregar o Imposto de Renda por smartphones e tablets. Mesmo com algumas restrições de uso, acredito que este foi um passo importante para o debate no campo tecnológico.
Acredito que o mobile payment ganhará cada vez mais espaço no Brasil. Para isso as empresas precisam estar preparadas para adotar essa tecnologia. Enquanto a regularização não acontece, continuamos na torcida para que o pagamento móvel comece a vigorar em breve por aqui.
(Por No Varejo) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo