Maior site mundial de comércio eletrônico, a Amazon está levando tão a sério seu próximo grande projeto que contratou três mulheres apenas para testar sapatos tamanho 36 para suas resenhas de produto. Em tempo integral.
O grupo de varejo on-line está fotografando 3.000 artigos de moda por dia e enfrentando prejuízos de centenas de milhões de dólares ao ano em frete grátis -e devoluções de produtos- a fim de reter a lealdade dos compradores.
Após ferir o setor editorial, de reduzir os preços do setor de eletrônica e de apavorar o comércio de brinquedos, a Amazon decidiu operar no mercado de roupas -e a seu modo: agindo em larga escala e sem medir despesas.
Jeff Bezos, presidente-executivo da Amazon, sem revelar detalhes financeiros, anunciou que a companhia realiza investimento “significativo” em moda e que tenta convencer as marcas mais famosas de que desejava trabalhar com, e não contra, elas.
A Amazon, que dispõe cerca de US$ 5,7 bilhões de reservas de caixa, vende roupas há anos. Mas, a partir de 2011, assinou com centenas de grifes contemporâneas caras, tais como Michael Kors, Vivienne Westwood, Catherine Malandrino, Jack Spade e Tracy Reese. E continua em busca de parceiros.
A decisão de ingressar no mercado da alta moda tem motivação econômica. “O lucro bruto por unidade será muito maior com um produto de moda”, disse Bezos.
Parte do varejo de roupas está incomodada. Cresce o medo de que será difícil concorrer com a Amazon agora que esta ampliou esforços.
Bezos diz que, a despeito de ter adotado política de preços baixos em outros setores, na moda não o faria.
(Por Gouvêa de Souza) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo