Varejistas acreditam que o comércio deve ter desempenho melhor em 2012 do que o observado no ano passado.

Em evento promovido pela consultoria GS&MD Gouvêa de Souza, realizado em São Paulo na terça-feira (7/2), representantes de grandes players e o próprio presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) estimaram que as vendas do setor superarão os 6,7% de crescimento de 2011 – previsão que deve ser oficializada na próxima semana.

“Com a expectativa de melhor salário mínimo, juros mais baixos, maior oferta de crédito, vamos ter vendas maiores em 2012, mas ainda abaixo dos 10,9% de aumento visto em 2010, um ano atípico”, comenta Flávio Rocha, presidente da rede de roupas Riachuelo.

Para Hugo Bethlem, vice-presidente do Grupo Pão de Açúcar, há três segmentos que devem alavancar os números: as vendas pela internet, com crescimento projeto pelo executivo acima de 20%; alimentos, penalizados em 2011 pela alta da inflação, mas que devem reagir avançando até 4% em volume vendido; e, por último, os bens duráveis (eletrodomésticos, por exemplo) e semiduráveis (roupas), com avanço previsto de 10% em 2012.

“Enquanto os Estados Unidos precisam reinventar seu varejo, por já terem maturidade, a palavra da vez do Brasil é expansão, crescimento, porque há espaço. Queremos representar 19% do PIB em 2012”, afirmou Fernando de Castro, atual presidente do IDV. Ele acredita em aceleração de vendas da ordem de 7% a 7,5% este ano.

O evento da GS&MD Gouvêa de Souza teve como objetivo apresentar e discutir as novas tendências para o varejo, especialmente as da Convenção da Federação Nacional de Varejo dos Estados Unidos (NRF), realizada em Nova York em janeiro.

 

(Por Brasil Econômico) varejo, núcleo de estudos do varejo