A startup brasileira Shelfpix lançou em Berlim, na Alemanha, a sua tecnologia para medição automática de execução de gôndola por reconhecimento digital de imagens com uso de inteligência artificial. A companhia atua no varejo e nas indústrias de alimentos, bebidas, farmacêutica, entre outras e deseja expandir suas operações para a Europa. A empresa foi classificada no programa StartOut Brasil, que está sendo realizado na capital alemã. O programa é realizado com o apoio do Governo Federal.
A tecnologia da companhia atua com a definição do espaço de um produto nas prateleiras de supermercados e a velocidade com que ele é reposto. A partir de uma rede neural própria, batizada de YODDA, a tecnologia torna a operação no ponto de venda, como supermercados, lojas e farmácias mais fácil, ágil e competitiva para a indústria.
O sistema funciona por meio de um aplicativo baixado em smartphones, que captura as imagens das gôndolas, que são reconhecidas por fotos ou vídeos e transfere as mesmas para os servidores. Em seguida, todas as informações são processadas por avançados algoritmos da rede neural, que realiza milhares de operações em cada imagem, em questão de segundos, para identificar com precisão todos os indicadores mais importantes para o varejo.
No Brasil, a tecnologia da Shelfpix já está sendo implementada por players da indústria de bens de consumo. A ideia é levar essa mesma solução para o continente europeu. “Os grandes fabricantes investem milhões em pesquisas de campo no varejo, que são realizados atualmente com muita ineficiência”, afirmou Hildo Rocha, Managing Director da Shelfpix.
Aplicando conhecimentos de redes neurais, visão computacional e robótica, a tecnologia provêm informações da gôndola do varejo, como identificação dos produtos, posicionamento, qualidade de apresentação, planogramas, sortimento, quebra de estoque e espaços vazios. “Existe uma lei no varejo que diz: ‘você compra o que você vê’. Estas são informações que geram milhões de dólares por ano em redução de custo e aumento de receita” ressalta o executivo.
“Estamos estruturados de acordo com as práticas globais de organizações exponenciais. A partir de agora, uma de nossas principais metas é escalar os negócios para um novo co-headquarter na Europa, onde encontram-se as principais sedes do mundo da indústria de bens de consumo”, disse Rocha.
(Por Mercado&Consumo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Startup