A rede de fast food e pratos Giraffas possui centenas de unidades em operação. Mesmo assim, o negócio quer expandir sua capilaridade em cidades menores, mas com grande potencial econômico. Por isso, a rede inaugurou três novos modelos de franquia que funcionam por meio de containers.

O lançamento do formato, chamado de Giraffas Container, veio com o trabalho de descobrir novas localizações, o que já rendeu restaurantes da marca em aeroportos e postos de gasolina.

“Vimos que cidades de médio porte do interior e estradas podem ser regiões interessantes para nossa expansão, especialmente as que performam bem economicamente, como as ligadas ao agronegócio. A ideia do container caiu como uma luva para isso”, afirma Cláudio Miccieli, diretor de gestão do Giraffas.

Isso porque os containers facilitam a implantação do modelo – a unidade já chega quase pronto, bastando apenas ter um terreno adequado e realizar integração com o sistema de água e energia do local escolhido. Enquanto a implantação de um container leva 45 dias, a implantação de uma loja tradicional é de 120 dias – cerca de um terço do tempo.

Cidades maiores poderão receber o modelo, desde que o ponto comercial favoreça o formato de container. Algumas opções viáveis são escolas, faculdades e os próprios postos de gasolina.

“O preço e a rapidez incentivam o modelo, mas a dificuldade é achar o local. Em uma cidade grande, não é tão fácil achar terrenos planos, bem localizados e disponíveis”, diz Miccieli. Outros negócios de alimentação, como as hamburguerias Madero, já apostaram no formato.

Cada container da rede de fast food possui 30 m², excluindo o espaço necessário para acessos e jardinagem.

O Giraffas Container terá três modelos diferentes. O Fun terá um ou dois containers, com uma área de até 60 m², e cardápio reduzido. O Light terá quatro containers, com uma área de 90 m², com a possibilidade de escolher entre um cardápio reduzido ou convencional. Por fim, o modelo Full terá até seis containers, com uma área de 180 m², e o cardápio convencional do Giraffas.

Além dos containers, o franqueado poderá incluir um deck externo e ampliar sua possibilidade de atender clientes.

O cardápio reduzido terá todas as linhas trabalhadas pelo Giraffas, mas com menos opções para otimizar a armazenagem e a produção. Por exemplo, a seção de carnes pode contar apenas com o corte de picanha, descartando o bife ancho. Mas também haverá novidades, como uma linha de sorvetes artesanais.

O investimento inicial do Giraffas Container é similar ao da loja de shopping e será menor do que o visto em uma loja de rua tradicional. O aporte será de 610 mil reais, incluindo taxa de franquia e instalação do modelo Full. Na loja de rua, o aporte é de 710 mil reais. O faturamento médio de uma unidade é de 150 mil reais por mês, com lucratividade média de 10 a 15%.

Atualmente, o Giraffas possui duas unidades no modelo Light nas cidades de Cristalina e Posse, em Goiás, com capacidade para 60 lugares sentados (exclui comer em pé ou levar comida para casa, por exemplo). A expectativa é chegar a 12 unidades nos próximos doze meses, com negociações nos estados de Bahia, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo.

De acordo com o diretor de gestão do Giraffas, o franqueado ideal não é aquele com experiência prévia em alimentação, e sim o que “coloca a barriga no balcão”. “A experiência no ramo é conosco. Queremos alguém que esteja na operação, com tempo e dinheiro para se dedicar ao negócio.”

O Giraffas possui 38 anos de história (28 deles como franqueadora) e 400 unidades em operação. A expectativa de faturamento anual é de 790 milhões de reais.

(Por Exame – Mariana Fonseca) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Giraffas