Segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), a maioria dos executivos das empresas de eletroeletrônicos já demonstra acreditar em uma recuperação da economia e diz pretender voltar a investir a partir do ano que vem.

Das companhias que suspenderam aportes em aumento da capacidade produtiva até abril deste ano, 47% planejam retomá-los a partir de 2017; 33%, em 2018.
“Os números nos surpreenderam e mostram uma reversão de expectativas, apesar das mudanças econômicas ainda serem embrionárias”, diz Humberto Barbato, presidente-executivo da entidade.

Produção curta

A produção do segmento elétrico e eletrônico encolheu 26,8% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2015 – queda maior que a da indústria geral (11,7%) e a de transformação (11,1%) no período. “O ano passado foi bem ruim no mercado interno e, por não termos vocação exportadora, agora tentamos retomar destinos, mas ainda se olha para o comércio exterior apenas quando o Brasil vai mal”, diz Barbato.

No varejo, o setor também sentiu a crise, como a maior parte do comércio, mas tende a se sair melhor nos próximos meses caso a economia mostre sinais de recuperação, analisa Christian Travassos, da Fecomércio-RJ.

Ainda em fevereiro, 17% dos brasileiros queriam comprar bens duráveis e, desse percentual, a maioria pensava em eletrônicos, aponta pesquisa da entidade em parceria com a Ipsos. “O consumidor só precisa se sentir confortável”, conclui.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM