Em teleconferência com analistas, o comando do grupo disse ontem (19/5) que a escalada da inflação no Brasil tornou o cenário mais “desafiador” – e isso pressiona despesas operacionais e afeta o lucro.

Pelo menos desde o início de 2015, a margem bruta da companhia vive um sobe e desce, sem tendência de recuperação. Vendas mais concentradas no Maxxi Atacado podem ter efeito nisto. A rentabilidade neste segmento é menor do que nos supermercados.

Além disso, é possível que despesas relacionadas com o fechamento das 60 lojas – gastos com demissões, transferência de equipamentos – tenham pressionando para baixo o lucro operacional. Ainda podem existir pontos com resultados ruins que continuam abertos, afetando o indicador.

A varejista informou que os fechamentos das unidades no Brasil impactaram custos globais no ano passado, como Doug McMillon, presidente global, já esperava que fosse ocorrer, ao mencionar os fechamentos meses atrás.

Segundo o relatório da rede no mundo, houve aumento de US$ 150 milhões em despesas em 2015 com o fechamento das 115 lojas na América Latina, incluindo o Brasil. Também são considerados nessa conta dos US$ 150 milhões o aumento de gastos com dívidas trabalhistas e a elevação de custos, como energia elétrica, no País.

Numa análise mais geral do mercado, o Walmart ainda cresce menos que seus principais rivais no País. Se as vendas líquidas totais (lojas antigas e novas) na empresa subiram 1,4% de janeiro a março, no GPA aumentaram 11% e no Carrefour (que só reporta vendas brutas) a alta foi de quase 17%.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM