Fazer compras durante o período de inflação está exigindo cada vez mais atenção do consumidor. Isso porque os preços têm sido impactados por fatores como a alta do dólar e o reajuste nas contas de energia elétrica. Sem falar da entressafra e do período de estiagem, que costumam comprometer a oferta de alguns produtos e estimular o aumento de preços.

Segundo a APAS – Associação Paulista de Supermercados, nesse período de inflação o consumidor adota algumas técnicas seguindo um raciocínio lógico, com o intuito de não perder seu poder de compra adquirido, sendo: 1º Verifica pontos de vendas mais baratos, optando muitas vezes pelo atacado; 2º Faz compras em determinado período do mês, apenas; 3º Opta por diferentes tipos de embalagens (com mais produtos a um preço menor); 4º Troca marcas convencionais por mais baratas; 5º Deixa de comprar itens.

Segundo explica o gerente do Departamento de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano, 70% das compras são de abastecimento ou reposição, que possuem uma dinâmica distinta de uma compra de emergência ou consumo imediato.

Rodrigo observa dois comportamentos: a classe C deixou de comprar os supérfluos e trocou a marca líder pela segunda marca colocada, e a classe A e B busca ganhar promoções e prazos para não abrir mão de produtos premium.

“Hoje o consumidor economiza nos produtos de limpeza, mas não abre mão dos itens premium que adquiriu no passado, quando seu poder de compra era maior. Ele também acaba deixando os supérfluos e trocando as marcas mais caras pelas mais baratas”, diz.

Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem 1.260 associados, que somam mais de 2.830 lojas.

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