A sueca Hennes & Mauritz, segunda maior varejista de moda do mundo, alertou nesta quinta-feira que espera sofrer mais nos próximos meses com o impacto do dólar forte depois que custos crescentes de fornecimento prejudicaram os lucros trimestrais.
A H&M, que tem se beneficiado da produção asiática de baixo custo para crescer para 3.639 lojas em 59 mercados, disse que sofreu impacto no período de março a maio com os custos mais altos dos insumos para matérias primas, transporte e manufatura, em grande parte devido ao dólar.
A companhia disse que a situação poderá ser ainda pior nos terceiro e quarto trimestres, observando que ainda irá garantir que tenha “a melhor oferta para consumidores em cada mercado individual”, sugerindo que provavelmente não irá repassar estes custos elevando os preços.
A H&M, que compra a maior parte de suas roupas na Ásia em contratos em dólares enquanto vende a maior parte dos produtos na Europa, está mais exposta à moeda norte-americana valorizada do que a rival Inditex, controladora da Zara que produz mais roupas internamente e terceiriza a maior parte para dentro ou perto da Europa.
Mesmo sem o impacto do dólar, a H&M já vinha enfrentando custos maiores com aumentos de salários na Ásia.
A margem bruta da H&M diminuiu mais que o esperado no trimestre para 59,4 por cento, ante 60,8 por cento um ano antes, ficando abaixo da estimativa média de 59,9 por cento em pesquisa da Reuters com analistas.
(Por Exame) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM