O número de consultas ao banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para vendas a prazo recuou 2,03% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Em relação a fevereiro, no entanto, houve aumento de 5,05%. No acumulado do ano, a queda é de 1,03%, e em 12 meses há retração de 0,55%.
De acordo com o SPC, o resultado sobre fevereiro não pode ser considerado positivo por conta do efeito calendário.
Março teve 22 dias úteis, contra 18 em fevereiro, que foi impactado pelo feriado do carnaval.
Em relação ao desempenho das vendas a prazo este ano, a economista-chefe da entidade, Marcela Kawauti, afirma que o principal motivo da queda é o atual cenário econômico brasileiro, que apresenta menor crescimento da massa salarial, alta dos juros, redução de emprego e, principalmente, inflação elevada.
A soma desses fatores gera encarecimento das parcelas e corrosão do poder de compra, diz Marcela. “O ideal para este ano é pagar à vista fazendo reservas financeiras”, orienta.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o custo para compras a prazo está alto, o que dificulta a melhora no cenário para o varejo.
“O apetite do consumidor para contrair novas dívidas está em desaceleração, uma vez que seus gastos e pendências já atingiram o limite do comprometimento da renda familiar”, afirma.
(Por Exame) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM