O e-commerce faturou R$ 43 bilhões no ano passado, com crescimento de 26% em relação a 2013, quando registrou R$ 34 bilhões de vendas. Os dados são da Conversion e divergem dos números apresentados pela E-bit, que registrou receita de R$ 35,8 bilhões no mesmo período. Também diferem o número de pedidos: segundo a Conversion, foram gerados mais de 136 milhões de pedidos; pela E-bit, os pedidos foram 103 milhões. E, finalmente, o tíquete médio também varia conforme a consultoria: pela E-bit, foi de R$ 347; pela Conversion, de R$ 316.
Questionada por Meio & Mensagem, a divergência entre os dados é explicada pela Conversion: “Utilizamos metodologia própria e aproveitamos todo o nosso know-how em geração de tráfego e posicionamento de e-commerces no Brasil. Outra razão é que contemplamos o mercado de viagens e turismo, diferentemente da E-bit. O fato é que não há um mapeamento de 100% do mercado de comércio eletrônico no Brasil. Cada instituição possui sua própria base de análise e indicadores específicos”, diz a informação da empresa.
Ao longo dos 12 meses do ano passado, a Conversion analisou 100 milhões de visitas. A estimativa da empresa é que o comércio eletrônico tenha gerado mais de 136 milhões de pedidos no último ano, com um valor médio por compra de R$ 316. Para Diego Ivo, CEO da Conversion, um dos fatores de sucesso do e-commerce foi o bom desempenho apresentado nas datas comemorativas, como o Dia das Mães, a Black Friday e o Natal. “Somente na Black Friday, por exemplo, o e-commerce ultrapassou a marca de R$1 bi em uma única data, um grande recorde do setor”, afirma Ivo, que aposta no crescimento dos negócios na edição deste ano do evento.
As cinco categorias de mercado que mais geraram negócios foram viagens e turismo, com 15% das vendas do setor; eletrodomésticos, com 14%; seguido por produtos de informática, com 11%; cosméticos, perfumaria e bem-estar, com 10%; e eletrônicos, também com 10%. Os cinco estados que mais realizaram compras foramSão Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, na sequência.
São Paulo
Apenas o Estado de São Paulo responde por 50% do total de pedidos e por 45% da movimentação financeira nos sites de comércio eletrônico, um o que corresponde a cerca de R$19,3 bilhões. O Rio de Janeiro pouco mais de R$ 6,2 bilhões e Minas Gerais, R$ 4,1 bilhões. Somados, os três estados mais habituados a compras online (e os principais do Brasil em termos de PIB) representaram 69% das vendas.
Em 2014, houve um crescimento de 200% nos acessos a lojas virtuais via celulares e tablets. Esse tipo de visitante representou 20% de todos os acessos a sites de comércio eletrônico. A Conversion apurou que 58% das vendas foram realizadas após consulta de compradores a um mecanismo de busca como Google, Yahoo ou Bing. Dessas vendas, 55% foram oriundas de acessos via resultados orgânicos – aqueles não-pagos, em oposição aos links patrocinados. “Os usuários confiam muito mais nos resultados naturais da busca e isso é um grande propulsor do e-commerce brasileiro”, conclui Ivo.
(Por Meio&Mensagem) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM