>Com mais de 10 contratos, o acordo final foi assinado ontem (1/7) pelos representantes de Casas Bahia e Grupo Pão de Açúcar. Isso depois de quatro meses de renegociação, gerado pelas contestações da família Klein, que se sentia prejudicada pelo primeiro acordo. A Casas Bahia alegava que seus ativos foram subavaliados em pelo menos R$ 2 bilhões e queria acertar essa diferença.

Agora, com o novo acordo, os ativos foram reavaliados e o Pão de Açúcar concordou em fazer uma capitalização inicial de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões na Nova Casas Bahia, a recém-constituída sociedade, resultante da fusão entre Casas Bahia, Extra Eletro e Ponto Frio.

O acordo prevê ainda que Casas Bahia alugará para Nova Casas Bahia imóveis operacionais de sua propriedade, o que garantirá à família Klein um montante anual de R$ 140 milhões durante os três primeiros anos de vigência dos contratos de locação. A partir do quarto ano, o valor do aluguel será o maior valor apurado entre o valor fixo corrigido pelo IPCA e o valor correspondente à aplicação de determinado porcentual sobre o faturamento bruto.

Fontes do mercado afirmam também que os sócios decidiram compartilhar o poder. Antes os Klein tinham de submeter sua decisão a Abilio Diniz e agora ganham o direito à veto nas decisões estratégicas que envolvam a diluição de sua participação.

Os sócios da Casas Bahia passarão a ser titulares de ações de emissão de Globex representativas de 47% do capital social total dessa empresa e o Pão de Açúcar deterá pelo menos 52%, a depender da participação dos acionistas minoritários no capital social de Globex.

Fontes: Exame e Estado de S.Paulo – 02/07/2010