Segundo um levantamento da CyberSource, empresa que pertence à bandeira de cartões Visa, os lojistas brasileiros rejeitaram cerca de 7,1% dos pedidos de compra no comércio eletrônico, no primeiro semestre. No mesmo período do ano passado, o índice era de 5,6%.
Apesar do crescimento nas recusas, a taxa brasileira ainda é menor que a média da América Latina, de 8,3%. No entanto, mercados mais desenvolvidos com taxas mais baixas, como EUA e Canadá, donos de um índice de 2,7%, mostram que o Brasil ainda precisa crescer em segurança das operações na internet.
O estudo da CyberSource mostra também que as perdas com compras fraudulentas representam 1,08% da receita total de lojistas brasileiros com comércio eletrônico, considerando dados do primeiro semestre de 2013. Na América do Norte, a perda é de 0,67% e, na América Latina, 1,35%. No Brasil, a CyberSource entrevistou lojistas que respondem por 70% do total de volumes financeiros de compras on-line.
No comércio eletrônico, quem paga a conta das fraudes é o lojista. A regra estabelecida pelo sistema financeiro prevê que, em compras feitas sem a captura presencial do cartão (caso desse meio de vendas) é a loja que fica com o risco de irregularidades. Em outros países com legislações semelhantes, há discussões para que os bancos assumam parte desse risco.
“Algumas tecnologias de combate à fraude ainda são recentes no Brasil, o que pode explicar a diferença entre os índices”, afirma Fernando Souza, diretor-geral da CyberSource no Brasil. “Os diferentes estágios de maturidade do comércio eletrônico do Brasil e dos EUA também são fatores a serem considerados”, explica.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, núcleo de estudos do varejo