Num ano em que o varejo brasileiro amarga um fraco desempenho, o programa do governo federal “Minha Casa Melhor” tem funcionado como um estímulo adicional de vendas para redes que atuam em cidades beneficiadas pelo “Minha Casa, Minha Vida”. Dependendo da rede, as vendas feitas dentro do programa variam de 1% até 8% do faturamento total.
As taxas mais altas são verificadas em lojistas de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, dois dos Estados onde o número de casas entregues por meio do programa social é expressivo. Apenas famílias beneficiadas pelo Minha Casa Minha Vida podem solicitar a emissão dos cartões da Caixa Econômica Federal do Minha Casa Melhor.
Um balanço preliminar da Caixa mostra que foram vendidos R$ 612 milhões em produtos eletrônicos, eletrodomésticos e móveis em quase três meses, desde o lançamento do projeto. O valor do crédito contratado (soma total, incluindo o valor não gasto em compras ainda) soma R$ 1,186 bilhão. São 238 mil contratos de cartões emitidos – média de 2,8 mil cartões ao dia.
Os números mostram que a aceitação dos beneficiários ao programa está sendo alta.
Esse montante de quase R$ 1,2 bilhão equivale a menos de 1% do faturamento previsto para o setor de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis em 2013, valor que deve atingir R$ 125 bilhões, neste ano, segundo pesquisa da FecomercioSP. Considerando o número de 1,3 milhão de casas do “Minha Casa Minha Vida”, e o limite de crédito por cartão (R$ 5 mil), se todas as residências usarem o valor disponível, serão gastos R$ 6,5 bilhões, 5% do faturamento total do setor.
Parte do varejo reclama que o limite de preço dos produtos que podem ser vendidos no Minha Casa Melhor atrapalha as comercializações. Por isso, o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) irá solicitar ao governo federal uma revisão dos valores.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo