Na Eletrolar Show, feira do setor que acontece até amanhã em São Paulo, as tabelas de preços já estão de 5% a 12% acima dos valores apresentados no ano passado, segundo executivos ouvidos pelo jornal Valor Econômico. Os reajustes devem chegar ao consumidor, caso o varejo aceite os reajustes, a partir da segunda quinzena de agosto, depois do Dia dos Pais.

As negociações não têm sido fáceis, pois o consumidor tem se mostrado mais retraído. E a demanda fraca não tem aberto espaço para aumentos de preços acima da inflação. Segundo o IPCA, índice que mede a inflação oficial, os preços dos eletrodomésticos subiram 4,73%, em 12 meses até junho, enquanto a média geral de preços subiu 6,70%. Produtos como TV e aparelhos de som mostram queda de 0,85% nos preços, no mesmo período.

Até meados de agosto, fabricantes e varejistas continuam a trabalhar com margens mais apertadas, diz uma fonte.

O custo de produção vem subindo. Além do dólar, com alta de 11% em relação ao real no ano, sendo 6% nos últimos dois meses, matérias-primas (como plástico e aço) estão mais caras. A lei dos caminhoneiros, sancionada em abril de 2012 e que determina novas regras na jornada de trabalho dos motoristas, encarece o frete.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos dov arejo, núcleo de estudos e negócios do varejo