Os supermercados brasileiros são um grande imã para algumas empresas dos países vizinhos, na América Latina, que buscam um nicho de mercado em suas prateleiras. “Um nicho no Brasil é como um mercado inteiro em outros países”, afirmou Daniel Carofilis, diretor do Escritório Comercial do Equador no Brasil durante a abertura da feira da Apas (Associação Paulista de Supermercados), ontem (6/5), em São Paulo.
Segundo Carofilis, o Equador tenta abrir caminho com produtos como atum, rosas e chocolate, especialmente na área de “bens gourmet e premium”. Mas o pequeno país andino tem dificuldades para superar as barreiras alfandegárias e introduzir no Brasil alimentos como banana e camarão, indicou, o que explica em parte essa estratégia centrada em outros produtos de maior valor.
O Chile, no entanto, goza de uma balança comercial mais equilibrada com o Brasil, já que no ano passado exportou bens por US$ 4,39 bilhões – mais da metade de cobre –, e suas importações somaram US$ 4,939 bilhões, segundo Oscar Páez Gamboa, diretor do Escritório Comercial do Chile no Brasil.
Na feira, da qual o país participa pela primeira vez, o Chile esteve presente com azeite de oliva, vinhos e mariscos, entre outros alimentos. Páez Gamboa disse que o objetivo de seu país não é só propiciar o encontro de exportadores chilenos com importadores brasileiros na feira, mas também “bater na mesma porta dos próprios consumidores e isso se chama estratégia de marca”.
Draguich Balarín, gerente comercial da Produmar, uma companhia peruana de mariscos que é filial da espanhola Profand, qualificou o mercado brasileiro como “interessantíssimo”, em particular pelos altos preços dos produtos do mar. O maior obstáculo apontado pela Produmar foram os trâmites para exportar ao Brasil, mas após receber o sinal verde para a venda de 32 produtos, já assinou um acordo com o grupo Pão de Açúcar.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo\