Entregar o produto na hora escolhida pelo consumidor e não cobrar por isso têm deixado varejistas e operadores logísticos inconformados. Segundo Mauricio Salvador, presidente da Abcom (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), a nova regra, válida desde fevereiro no Estado, apenas aumenta os custos do varejo. “Um veículo que consegue entregar 60 pacotes em um dia passa a entregar apenas 20 no mesmo período, o que representa uma redução de 66% na produtividade”, afirma.

O resultado é que boa parte das companhias de comércio eletrônico tem descumprido a norma. O Walmart e Nova Pontocom (braço de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar que reúne Casas Bahia, Ponto Frio e Extra) não cobram pelo agendamento na Capital, mas o prazo de entrega é mais de dez vezes superior ao padrão.
Procurado pela reportagem do Valor Econômico, o Walmart disse que seu porta-voz não estava disponível. Já a Nova Pontocom afirma que obedece a legislação brasileira e está trabalhando para atender as mudanças da nova lei paulista.

O Carrefour informa que já presta serviço de entrega a domicílio de produtos da linha branca e linha marrom, tais como lavadoras de roupa, fogões, refrigeradores, freezers e TVs acima de 42 polegadas, com data e turno agendados desde 2011, sem ônus para o cliente, nos Estados em que a lei em questão está em vigor.

(Por Valor Econômico) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Retail Lab