Para as grandes corporações, conseguir crédito para investimentos não é difícil, uma vez que a maioria delas está no mercado de capitais. Mas para as médias e pequenas, entre os quais muitos varejistas, que dependem de empréstimos bancários, a situação está mais complicada.
Nos dez primeiros meses de 2012, as concessões acumuladas de financiamento para pessoas jurídicas mostraram queda de 1,1% na comparação com igual período de 2011. A grande vilã apontada é a inadimplência das empresas, que, em outubro, esteve a uma taxa de 4,1%, patamar mais alto da série histórica do indicador.
A consequência da falta de pagamentos foi um filtro mais intenso para empréstimos corporativos no ano. Os dois maiores prejudicados, segundo profissionais ouvidos, foram as empresas do setor de frango, pela disparada dos preços da soja e do milho, e os varejistas. “O que aconteceu é que os bancos estavam mais restritivos justamente quando os varejistas precisavam de crédito no fim do ano, para formação de estoques. Isso afetou quem estava menos capitalizado”, afirma executivo de uma varejista de médio porte do Nordeste do País.
Mas ele reconhece que a empresa também está bastante reticente na hora de tomar crédito. “Está todo mundo esperando o começo do ano que vem. Enquanto não tiver uma recuperação mais forte da economia, ninguém vai se endividar”, explica.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo