Exibir a nova coleção e atrair consumidores não são as únicas qualidades dos manequins. Agora eles também podem “observar” os consumidores e rastrear seu perfil. É o que propõe uma parceria entre as italianas Almax, que fabrica manequins e a Kee Square, de tecnologia.
Nos olhos do manequim estão posicionadas câmeras ligadas a um software de reconhecimento facial, que fornecem dados como perfil, idade, raça e gênero dos consumidores que foram atraídos por ele. É possível também, segundo executivos da Almax, a partir destas informações obter dados estatísticos e contextualizados sobre o público alvo, fluxo de clientes de acordo com a hora, e áreas quentes e frias da loja.
Com a solução é possível medir a eficácia da vitrine, e poder agir rapidamente caso ela não esteja surtindo o efeito esperado. O mesmo pode ser estendido para promoções e layouts de loja.
Até o momento apenas algumas varejistas italianas e americanas aderiram ao “manequim espião”. Uma delas é a Benetton que, segundo a Bloomberg, pagou US$ 5 mil por cada uma.
Na esteira da reportagem da Bloomberg pipocaram pelo mundo artigos em blogs e sites afirmando que o tal manequim seria um atentado à privacidade – o que a Almax nega dizendo que os dados são apenas estatísticos. “De fora, parece apenas mais um manequim qualquer, mas internamente uma câmera escondida está gravando tudo e alimentando um software com todo tipo de imagem” diz um dos artigos que chama o sistema de “creepy” (“amedrontador”). Representantes da Almax se defendem: “as lojas já estão cobertas com câmeras de segurança e nenhum dado particular é usado para outros fins. Os varejistas terão apenas a informação de que um homem caucasiano adulto passou em frente ao manequim às 6:25hs e permaneceu por 3 minutos, e outros cruzamentos de dados que são possíveis a partir desse. Nenhum dado pessoal é coletado”, arrematou em depoimento à Bloomberg.
(Por NoVarejo) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo