A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) divulgou o demonstrativo de resultados obtidos pelas 31 redes associadas no ano passado. Os números indicam um crescimento vigoroso do setor. As vendas líquidas chegaram ao valor de R$ 20,6 bilhões em 2011, resultado de um crescimento de 26,3% em relação ao ano anterior, quando o movimento registrado foi de R$ 16,3 bilhões. O lucro bruto aumentou 24,64%, o equivalente a cerca de R$ 5,2 bilhões.

“A lógica das redes de farmácias é a de pequenos ganhos em grandes volumes. Nesse setor, uma empresa bem administrada chega a dar resultados por volta de 4% a 5%. É efetivamente um negócio onde a gestão de custos e política de vendas precisa ser pilotada com muito esmero, a julgar pelos altos custos da operação e por uma elevada carga tributária”, explica Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma.

A análise também detectou aumento nas despesas operacionais, que foram de R$ 3,56 bilhões, em 2010, para aproximadamente R$ 4,68 bilhões no ano passado, assinalando um crescimento de 31,2%. De acordo com a associação, os gastos com os itens de pessoal, locação de ponto e administração impulsionaram este índice.

Os impostos e contribuições incidentes chegaram a R$ 675,4 milhões na relação com as vendas líquidas, incremento de 10,1% em relação aos R$ 613,1 milhões que foram registrados no ano de 2010. “O índice foi um dos fatores que mais condicionou a alta no custo da mercadoria vendida”, descreve Sérgio Barreto.

Apesar do bom momento vivido pelo setor, houve queda nos lucros das redes associadas. O operacional apresentou decréscimo de 5,6% e o pós-provisão do Imposto de Renda (IR) caiu cerca de 23,2%.

Associação

A Abrafarma, que teve sua fundação em 1991, contempla as 31 maiores redes de farmácias do País, como Droga Raia, Drogasil, Farmácias Pague Menos, Panvel Farmácias, Drogaria Onofre, entre outros nomes. Juntas, as empresas associadas contam com pelo menos 4.500 unidades em todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal. As redes associadas representam aproximadamente 38% de todas as vendas de medicamentos no Brasil.

Entre os objetivos da associação está o aprimoramento das empresas filiadas, a preservação da imagem institucional, o relacionamento com entidades públicas, governo e fornecedores, além de apoio jurídico e pesquisas de mercado para o aperfeiçoamento das atividades do setor que representa.

A Abrafarma acredita que a concorrência é necessária para o aprimoramento da sua eficácia e que seus interesses devem necessariamente coincidir com os interesses do consumidor, cujos direitos estão assegurados pela Constituição e pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

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