Os aspectos ambientais não são corretamente divulgados nas embalagens dos produtos brasileiros. A conclusão é de uma pesquisa da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), que ouviu profissionais de indústrias do setor, de bens de consumo e designers e apontou que 87,5% deles acreditam que estes aspectos não são corretamente comunicados nos rótulos.
A análise também mostrou que os consumidores não valorizam a praticidade das embalagens, não reconhecem suas funcionalidades e, na maioria das vezes, não aproveitam as informações disponíveis para melhorar as suas escolhas. Os dados mostram que os profissionais acreditam que 50% das embalagens são recicladas no Brasil e 72% acham que este índice pode ser melhorado com investimentos em educação ambiental. O emprego de informações sobre o reuso e divulgação em mídias de massa são considerados eficientes por 67,75% e 63,25% dos participantes, respectivamente.
Outro dado levantado mostra que 63% do público pesquisado acredita que até 50% do lixo urbano é composto por resíduos orgânicos, 79% acreditam que a responsabilidade sobre a coleta das embalagens deve ser compartilhada e 20,5% acham que ela deve ser somente do fabricante.
Entre os entrevistados, 93% afirmam que a embalagem é importante para a democratização do consumo, enquanto 80% a consideram útil para a conservação do produto, seguido por praticidade/conveniência (79,04%), proteção (73,48%) e evitar desperdícios (52,78%). Contribuir para o meio ambiente como atributo foi citado por 23% dos pesquisados.
Ainda segundo a pesquisa, para 65% dos ouvidos, alto custo tributário impede o Brasil de ter embalagens mais convenientes. Em seguida são citados valor da matéria-prima (54,76%) e baixo investimento (50%). Entre os pesquisados, 51% acreditam que as embalagens brasileiras se antecipam às necessidades dos consumidores.
(Por Mundo do Marketing) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo