Os shopping centers (malls) brasileiros devem se adequar às novas exigências do consumidor moderno. É o que afirmam representantes de empresas como a Jerreissati Centros Comerciais e a Saphyr. Parte dessas adequações vem de tendências internacionais recém-informadas pelo International Council of Shopping Centers – RECon, evento ocorrido em Las Vegas (EUA). Fora do Brasil, o conceito de power center ganha força. São gigantescos espaços que agregam mais de uma operação de shopping, completados por espaços de entretenimento em que o destaque fica por conta do grande espaço a céu aberto. Espaços assim são consolidados nos EUA, no Canadá e no México, por exemplo, e têm surgido no Brasil como uma possibilidade forte de o setor se moldar à nova demanda de consumo.
Segundo Eduardo Oltramari, diretor-executivo do Shopping Total, localizado na Região Sul do País e de propriedade da Porto Shop S.A., acredita que, tantos os administradores quantos os lojistas desse nicho devem buscar formas diferenciadas de atrair um público ainda maior aos malls brasileiros. “Essas tendências vindas da RECon mostram que o consumidor está mais exigente. Devemos lembrar que estamos falando de um mercado com mais de 80 mil lojas em operação, e que tem, por dia, um público de 300 milhões de consumidores circulando pelos corredores.”
Ainda segundo experiência de Oltramari, esse tipo de empreendimento é utilizado, além do propósito comercial, como fonte que auxilia a revitalização dos grandes centros. “Anteriormente esses espaços [centro das cidades] contavam com incentivo que atraía a população”, diz.
A tecnologia também deve ser aliada desses empresários. No exterior, os consumidores são informados a todo momento sobre a programação cultural desses malls, assim como dicas de promoções que são recebidas por meio de tablets e de smartphones com acesso à Internet.
“A tecnologia será a maior aliada do varejo nos próximos anos”, explica Oltramari. No Brasil a tecnologia está em processo de se concretizar por meio da Multiplan, uma das líderes do segmento no Brasil. A inserção virá com salas de cinema em 5 D e, num futuro não muito distante, telas interativas também poderão surgir nos shoppings brasileiros.
Outro fato importante é ressaltado por Paulo Stewart, presidente da Saphyr. Segundo o empresário, as constantes mudanças no jeito de se fazer varejo no País é que impulsionam os novos investidores. “O varejo se modifica a cada dia, e isso é uma das belezas do nosso negócio”, afirma.
(Por Gouvêa de Souza) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo