Se há um setor no comércio brasileiro que cresce de maneira pujante é o e-commerce, que movimentou cerca de R$ 25 bilhões no ano passado, ao crescer acima de 40%. O Brasil é considerado o quinto maior mercado em transações feitas pela Internet e perde apenas para Japão, Índia, Estados Unidos e China, em ranking mundial. Uma das áreas do setor com maior potencial é a de compra coletiva, segmento que inclusive começa a traçar novos conceitos: a segmentação de suas operações.

Após um movimento gigantesco das compras coletivas, sites de leilões entre outras operações em que a ordem era vender os mais variados produtos e serviços por preços mais atrativos, o setor passa a observar com mais intensidade os nichos de novos consumidores pela Internet, como é o caso do ClickCupom – empresa brasileira listada entre as 10 maiores do mercado brasileiro e que disputa clientes com players como o Peixe Urbano e o Groupon – percebeu na mulher e em seu poder aquisitivo maior uma forma rentável de negócio.

Segundo o diretor de Marketing Maurício Simões, do Uva Rosa, site pertencente ao ClickCupom, os próprios consumidores do site mostraram interesse em receber ofertas mais específicas e que em sua maioria o pedido vinha do público feminino. “Após descobrir essa necessidade lançamos o compras coletivas segmentado apenas para mulheres e que comercializa cupons de descontos só de beleza.” Ainda na opinião do especialista, o Uva Rosa vende em média R$ 1,5 milhões em cupons de descontos e tem como tíquete médio R$ 70, o que trará maior rendimento à esses players é operar de forma mais centralizada. “Acredito que isso é uma tendência para os próximos anos”, diz. Ainda com informações de Simões, o ClickCupom poderá investir em um site de compras coletivas de vestuário e moda, além de um ambiente de vendas de viagens, ambos enfocados na mulher brasileira.

A opinião é compartilhada por Rafael Ucha, diretor de Marketing do recém-lançado site de compras coletivas Homem Social, com foco no público masculino, solteiro e de renda elevada, sem deixar de fora a classe C, emergente no País. Sem projetar crescimento para o próximo ano, o quis aproveitar produtos para o público masculino, que são mais difíceis de se encontrar, para facilitar a vida desse consumidor. “Com o passar do tempo e a consolidação do setor notamos que, mesmo com a forte concorrência, haviam segmentos não explorados e que apresentavam oportunidade real através do foco em nichos”, explica Ucha.

(Por Gouvêa de Souza) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo