Para as redes varejistas como Casas Bahia, Ponto Frio e Magazine Luiza manterem seus espaços no mercado brasileiro de eletroeletrônicos (após a criação da Máquina de Vendas Sul, com a aquisição da Salfer feita pela Máquina de Vendas – já detentora de Insinuante, Ricardo Eletro, City Lar e Eletro Shopping -) e passarem a ser líder no setor no quesito número maior de lojas em território nacional, a melhor solução seria fazer novas aquisições ou fusões. Pelo menos é o que estima Ricardo Pastore, coordenador do núcleo de varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP).
Na opinião do especialista em varejo, o mais correto neste momento é que esses outros players partam para operações regionais, como fez a Máquina de Vendas, ao comprar as operações da sulista Salfer e criar a nova marca, já mencionada. “Já era esperada pelo mercado essa compra, a Salfer se reestruturou para ser adquirida. Agora o mais correto para as outras redes é apostarem na regionalização de suas operações”, diz.
Ainda segundo Pastore, certos fatores farão com que os outras empresas do setor demorem a se reposicionar no mercado. ” O Grupo Pão de Açúcar (GPA) está estagnado com todo o processo de sucessão de Abílio Diniz. Já o Magazine Luiza teve um ano mais enxuto”, comenta.
Com a aquisição, a Máquina pretende aumentar seu faturamento em R$ 1 bilhão e atingir o montante de R$ 9 bilhões ao longo deste ano, mas ainda ficará atrás das operações da Viavarejo e do Magazine Luiza.
“Com essa parceria, completamos nossa atuação nacional e ultrapassamos em 100 lojas a meta de 1.000 estabelecimentos previstos para o primeiro semestre”, disse Luiz Carlos Batista, presidente do conselho de administração da Máquina de Vendas, em comunicado.
Para Claudio Felisoni, presidente do conselho do Provar/Ibevar, a partir de agora o fator preço é o que fará as redes manterem sua posição de destaque. “Todas essas bandeiras terão como único diferencial seus preços. Agora elas terão de fazer mais promoções para atrair novos clientes e fidelizar os que já fizeram compras anteriormente”, explica ele, e completa: “O maior beneficiado dessa “parceria” será o consumidor, com preços melhores e com um maior número de promoções realizadas por essas outras empresas do setor”.
(Por Gouvêa de Souza) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo