Com o anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o prazo da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será estendido por três meses na linha branca de eletroeletrônicos, as empresas do setor comemoraram e garantiram o repasse imediato para o consumidor. Também foi anunciada a desoneração do imposto para os móveis.
O Grupo Pão de Açúcar entendeu que a decisão foi acertada. “A medida é um benefício para o consumidor e conta com nossa adesão imediata, a exemplo das iniciativas anteriores de redução do imposto”, relata Enéas Pestana, presidente da empresa.
A isenção foi benéfica ao Grupo. Nos primeiros 2 meses com a iniciativa do governo, o Extra cresceu mais de 60% nas vendas dos itens com IPI reduzido. Entre os itens mais vendidos, estão os refrigeradores de aço inox e lavadoras acima de 10kg. A expectativa da rede é que a medida repercuta positivamente nas vendas tanto de linha branca, como também de móveis comercializados no Extra.
O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que representa as maiores redes varejistas instaladas no País, também apoia a medida anunciada pelo ministro e diz que sempre a defendeu pelo impacto positivo que traz para o consumo de bens duráveis e para toda a cadeia econômica. Pelos dados do instituto, desde que o decreto sobre este assunto foi publicado pelo governo, em dezembro do ano passado, as vendas no varejo aumentaram em média 22%.
“Desta forma os empregos na indústria serão mantidos, e o varejo compromete-se a repassar a redução de impostos no preço para o consumidor final, como já fez anteriormente”, afirma Fernando de Castro, presidente do IDV, por meio de nota. Ele também argumenta que a medida gera aumento de vendas de produtos complementares, ampliando o seu efeito. “É possível, ainda, que haja grandes promoções dos varejistas e que beneficiem ainda mais os consumidores, como ocorreu no final do ano passado e início deste ano”, completa.
Para a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a medida é extremamente benéfica ao setor varejista. “Desta forma será mais fácil manter as vendas no comércio, gerar novos empregos e estimular a economia interna”, destaca Nabil Sahyoun, presidente da associação.
(Por Gouvêa de Souza) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo