Uma certeza move os sócios da loja virtual de calçados Dafiti. “Se há no Brasil uma empresa capaz de faturar R$ 5 bilhões apenas com negócios on-line, nós também podemos chegar lá”, afirma o francês Thibaud Lecuyer, sócio-diretor da empresa, juntamente com os alemães Malte Horeyseck e Malte Huffmann e com o brasileiro Philip Povel.

A companhia citada é a B2W, dona dos sites Submarino, Americanas.com e Shoptime, que ano ano passado teve uma receita bruta de R$ 4,7 bilhões.

A diferença é que, para “chegar lá”, a Dafiti não quer esperar cerca de dez anos como a pioneira do varejo on-line brasileiro. O site especializado em sapatos, lançado no começo de 2011, já traçou o caminho para o primeiro bilhão que pode, inclusive, ser atingido neste ano.

Lecuyer não fala em números, apenas nos R$ 50 milhões investidos em parceria com o fundo alemão Rocket Internet para tirar o negócio do papel.

Mas o empresário dá pistas sobre a velocidade de crescimento da Dafiti. “Não passamos a Netshoes ainda. Faltam alguns meses”, afirma, sobre a maior varejista virtual de calçados do país que, segundo estimativas, chegou a R$ 620 milhões de faturamento em 2011.

Aliado a isto, está a taxa de expansão da empresa, que mais que dobrou no último ano, por exemplo – saiu de quatro funcionários no final de 2010, para 800.

Se o primeiro bilhão chegará ainda em 2012, Lecuyer desconversa. “O primeiro bilhão não importa tanto assim, porque depois dele, muitos virão”, garante.

E para isso, a empresa prevê diversificar sua linha de atuação. Hoje, a Dafiti atua com 3 categorias de produtos – calçados, vestuários e acessórios. Até o fim do ano, serão sete. A primeira, de produtos cosméticos, será lançada dentro de um mês.

“Nossa estratégia nesse primeiro momento é crescer o mais rápido possível. E para isso, vamos vender de tudo”, diz.

Quanto ao ponto de equilíbrio do negócio, ele só é esperado para daqui a um ano. E neste quesito, aparentemente, não há pressa. “Esta estratégia está alinhada com os investidores.”

A Dafiti atingiu a marca de 33 mil produtos comercializados no site. Em janeiro de 2011, eram 7 mil itens.

O site também já ampliou suas vendas para Argentina e Chile. E Lecuyer não descarta a possibilidade de levar os negócios para outros países da América Latina.

“Tudo vai depender de se conseguir tocar os negócios sem atrapalhar a expansão no Brasil”, explica. Aliás, a ampliação de negócios está só começando. A Dafiti negocia o lançamento de cartão de crédito próprio.

(Por Brasil Econômico) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo