Natura e a Avon, marcas do grupo Natura &Co, deram início a testes técnicos para a realização de entregas de produtos por meio de drones. Com a nova tecnologia, as empresas buscam melhorar a experiência de entrega para as consultoras e representantes. Além da agilidade que os drones proporcionam, o uso dessa tecnologia não gera emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a meta do grupo de zerar as emissões líquidas de carbono até 2030. 

Para o projeto, o grupo fechou uma parceria com a startup brasileira Speedbird Aero, primeira empresa a receber o CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental) pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), no ano passado. O projeto piloto, que deve ser aprovado pela Anac, será feito em um raio de até 200km no primeiro trimestre de 2022.

A iniciativa busca, principalmente, realizar entregas de forma ágil e segura em locais mais afastados e de difícil acesso. A tecnologia de drone para a entrega de produtos de necessidade básica e bens de consumo já é usada em larga escala em outras partes do mundo. Em Ruanda em Gana, por exemplo, os drones realizam a distribuição de doações de sangue pelo território.

Em países como Finlândia, Islândia, Suíça, China, Japão e Estados Unidos, drones estão sendo utilizados para entregas de varejo, alimentos e medicamentos. Além da redução significativa no tempo de entrega, outra vantagem é o baixo impacto ambiental, uma das grandes prioridades no modelo de negócio da Natura.

“Nossa visão de sustentabilidade tem a ambição de tornar Natura um grupo zero emissões líquidas de carbono vinte anos antes do que a meta estabelecida pela ONU. Por isso, é fundamental investirmos em soluções de entrega que não gerem emissões na nossa cadeia logística, como os drones”, afirma Leonardo Romano, diretor de inovação logística da Natura. 

Para Manoel Coelho, CEO e fundador da Speedbird, o projeto com a Natura e Avon permitirá testar o modelo de entrega em uma escala mais ampla de operação. “Somos os pioneiros desta área no Brasil. A parceria com a Natura vai mostrar que, mesmo sendo feito em maior escala, o drone delivery seguirá sendo uma opção segura e viável”, conclui.

(Por ExameMariana Martucci)

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