O e-commerce brasileiro segue em crescimento desde o início da pandemia. Não que, antes dela, ele fosse irrelevante: já dava sinais de que seria, no futuro, um meio de compras bem rentável. Depois que o vírus de fato chegou ao Brasil, entretanto, as compras online deram um tremendo salto: só em 2020, o crescimento do e-commerce fechou em 75%, segundo o E-Commerce Quality Index 2020, da Lett em parceria com a Opinion Box e a Neotrust.
No primeiro semestre de 2021, ele seguiu em ascensão. Até mesmo quem nunca havia feito uma compra online o fez esse ano — 17%, segundo pesquisa da Webshoppers — e uma porcentagem importante de pessoas pretende seguir pelo modelo digital nos próximos anos.
Esse foi um dos motivos pelos quais o Brasil alavancou na lista de países com o e-commerce bem desenvolvido. O tremendo crescimento das vendas online, novas lojas eletrônicas em funcionamento e a digitalização da sociedade brasileira — ainda que forçada — abriu um terreno fértil por aqui. É o que mostra a pesquisa da eMarketer, que compara o “top 10” países que tiveram o maior número de vendas por e-commerce nos últimos meses.
Foto: Top 10 países, ranqueados pelo crescimento do varejo eletrônico em 2020 | eMarketer, maio de 2021.
Nota-se que o Brasil aparece em sétimo lugar, à frente do Reino Unido, Tailândia e Espanha, mas ainda atrás de outros países americanos, como Canadá, Argentina e México.
Entre os setores, o Brasil segue com crescimento em segmentos bastante atingidos pela pandemia conforme avança o calendário de vacinação brasileiro. O turismo, um dos mais afetados, fechou em abril com crescimento de 51,12%, segundo Relatório de E-commerce no Brasil, realizado pela agência Conversion.
Vale destacar que a média de crescimento dos países é de 25,7%, ao passo que a média de crescimento do Brasil ficou em torno de 50,1%, quase o dobro. Em território nacional, a maior parte dos acessos é feito por meio do smartphone, em algum site de busca ou pelas redes sociais.
(Por NoVarejo – Luiza Vilela)
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