Um prestador de serviços morreu em uma loja da rede Carrefour em Recife, PE, na última sexta-feira, 14. O corpo foi coberto com guarda-sóis e cercado por caixas de papelão improvisadas enquanto o hipermercado se manteve funcionando. O caso aconteceu na zona oeste da capital pernambucana e gerou revolta nas redes sociais. 

O representante de vendas, identificado como Moisés Santos, tinha 53 anos e morreu de infarto, disse o Carrefour em nota publicada pelo Twitter. 

Ele não era funcionário do Carrefour, mas representante de uma empresa de alimentos fornecedora da varejista. A rede diz que mudou os protocolos e que agora as lojas devem ser fechadas em fatalidades como essa.

@Grazisantt Olá, nós mudamos nossos protocolos e todas as lojas deverão ser fechadas se tivermos fatalidades como essas. O falecimento do Sr. Moisés Santos, vítima de um infarto, foi inesperado e um triste acontecimento para nós. Continuamos à disposição para apoiar a família.

— Carrefour Brasil (@carrefourbrasil) August 18, 2020

O corpo permaneceu na loja das 7h30 às 11h, aguardando a chegada do Instituto Médico Legal, disse o representante Renato Barbosa ao G1.

Pelas redes sociais, o Carrefour afirmou ainda que a equipe de prevenção e riscos do estabelecimento entrou em contato com o Samu e iniciou os primeiros socorros.

Assim que o Sr. Moisés começou a passar mal, ligamos para o SAMU, e iniciamos os primeiros socorros. Mudamos nossos protocolos e a loja será loja imediatamente em casos como esse. Seguimos disponíveis para apoiar a família.

— Carrefour Brasil (@carrefourbrasil) August 18, 2020

Em nota, o Carrefour diz que “errou ao não fechar a loja imediatamente após o ocorrido à espera do serviço funerário, bem como não encontrou a forma correta de proteger o corpo do Sr. Moisés”. Confira o posicionamento abaixo.

“O Carrefour pede desculpas em relação à forma inadequada que tratou o triste e inesperado falecimento do Sr. Moisés Santos, vítima de um ataque cardíaco, na loja de Recife (PE). A empresa errou ao não fechar a loja imediatamente após o ocorrido à espera do serviço funerário, bem como não encontrou a forma correta de proteger o corpo do Sr. Moisés.

Reforçamos que, assim que o promotor de vendas começou a passar mal, fizemos os primeiros socorros e acionamos o SAMU, seguindo todos os protocolos para realizar o socorro rapidamente. Após o falecimento, seguimos a orientação de não retirar o corpo do local.

O Carrefour também reitera que mudou as orientações aos colaboradores para situações raras como essa – incluindo a obrigatoriedade do fechamento da loja -, com objetivo de trazer mais sensibilidade e respeito ao conduzir fatalidades. Pedimos desculpas à família do Sr. Moisés e seguimos em contato para apoiá-los no que for necessário.”

(Por Exame – Karin Salomão)

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