Praticamente cinco em cada dez brasileiros (46%) confiam mais nas instituições financeiras, como bancos e seguradoras, do que em outros segmentos na hora de fornecer dados pessoais, enquanto apenas 2% acham que o varejo online é confiável para o compartilhamento de informações. É o que revela a pesquisa Global de Fraude e Identidade realizada pela Experian com 10 mil consumidores e mil empresas em 21 países. Em segundo lugar, estão os provedores de meios de pagamento (25%) e, em terceiro, os provedores de tecnologia (10%).
No Brasil, a confiança em marketplaces é ainda menor em relação a média mundial. O e-commerce em geral tem o menor nível de confiança dos consumidores.
“O investimento em inovação, redução de riscos a fraudes e o uso transparente e inteligente de informações são referenciais valiosos para alavancar o poder dos dados, o que gera confiança e entrega de experiências cada vez mais relevantes”, diz o diretor de prevenção à fraude da Serasa Experian, Eduardo Castro.
Termômetro de confiança
O levantamento também avaliou como o consumidor lida em relação à coleta, uso e armazenamento de seus dados pessoais por parte das empresas. Nesse contexto, o setor financeiro novamente ficou em evidência. 32% dos brasileiros disseram que “confiam totalmente” nas instituições financeiras. O mesmo percentual se repete para meios de pagamento, posicionando esses segmentos no Brasil à frente dos demais países.
No cenário global, o nível de confiança nas instituições financeiras chega a ser três vezes maior do que em lojas de varejo online (sites e aplicativos). No Brasil, a diferença chega a 19 pontos percentuais (2,5 vezes maior). Clique aqui e veja a tabela.
“Isso mostra que o investimento robusto em TI e em features visíveis de segurança destinados pelo setor financeiro nos últimos anos, a fim de ampliar a proteção de operações e informações pessoais contra fraudes, tiveram reflexo direto e positivo na visão dos consumidores.” afirma Eduardo.
Segundo o levantamento, os maiores aumentos no nível de confiança, nos últimos 12 meses, também foram nesses segmentos: 33% (bancos e seguradoras) e 30%, (provedores de meios de pagamento) respectivamente. O e-commerce teve aumento de apenas 12%, o menor, empatado com órgãos governamentais.
(Por NoVarejo – Leonardo Guimarães)
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