A Starbucks unirá forças com a Alibaba Group Holding para começar a entregar seus produtos de panificação e bebidas na China, de acordo com pessoas com conhecimento dos planos, implementando uma iniciativa para se defender da concorrência e revigorar as vendas no país.
Ele.me, o serviço de entrega de refeições da Alibaba, vai cuidar da parte logística em um acordo que será anunciado na quinta-feira, segundo as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as informações ainda não são públicas. A Starbucks anunciou na semana passada que planeja iniciar um serviço de entrega com um parceiro durante o outono (Hemisfério Norte) em Pequim e Xangai.
Um representante da Starbucks disse que não faz comentários sobre especulações. O Alibaba afirmou que a empresa e a Starbucks estão “sempre explorando novas maneiras de aprofundar a parceria de longo prazo na China”. As duas empresas se uniram para criar uma experiência interativa na cafeteria de alta tecnologia Roastery, da Starbucks, em Xangai.
A Starbucks está chegando tarde ao campo das entregas, em um momento em que enfrenta um raro declínio das vendas na segunda maior economia do mundo. A empresa afirmou que pretende se tornar parte da rotina diária dos consumidores interessados em tecnologia na China, país que, segundo expectativa da companhia, deve ultrapassar os EUA como seu maior mercado dentro de uma década.
“De modo geral, o serviço de entrega está se tornando um ritual do estilo de vida na China e os comportamentos do consumidor estão mudando”, disse Belinda Wong, CEO da unidade chinesa da rede, em uma teleconferência na semana passada.
O vínculo entre as empresas não se limitará a entregas, de acordo com uma das pessoas, que não deu mais detalhes. A parceria também não será exclusiva e o acordo da Starbucks com a Tencent em relação a pagamentos móveis e presentes por meio de redes sociais não será afetado, disse a pessoa.
A rede de cafeterias seria a mais recente a entrar na onda dos serviços de entrega em um país onde tudo, desde produtos frescos até empilhadeiras, pode ser comprado pela internet e despachado no mesmo dia. A vasta expansão da China revelou-se um desafio. A empresa está reagindo em parte à concorrência em zonas urbanas de cafeterias da rede local Luckin Coffee.
A agência chinesa de notícias financeiras Caijing já havia noticiado o acordo.
A Starbucks registrou uma queda de 2 por cento nas vendas em lojas comparáveis em seu trimestre mais recente na China, abaixo das estimativas dos analistas. A rede pretende triplicar sua receita na China nos próximos cinco anos. A companhia pretende operar 6.000 lojas em 230 cidades da China continental até o fim do ano fiscal de 2022 — uma taxa de uma nova cafeteria a cada 15 horas.
To contact Bloomberg News staff for this story: Lulu Yilun Chen em Hong Kong, [email protected];Rachel Chang em Shanghai, [email protected]
(Por Bloomberg) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Starbucks