O mercado brasileiro vem passandonos últimos anos peloprocesso de consolidação nasmais diferentes atividades, debancos e supermercados a empresasde bebidas e alimentos.Entretanto, a área de vestuárioé uma das últimas a entrar nessamovimentação e a tendênciaé que as fusões e aquisições envolvendoo mercado de modaocorram a partir deste ano.
Hoje, as quatro maiores empresasdo segmento no país,que são C&A, Lojas Renner, Riachueloe Marisa, somam umaparticipação de mercado de apenas16%, e a expectativa é queeste índice suba para 40% nospróximos cinco anos.
A avaliação é de Eduardo Seixas,sócio-diretor da consultoriaAlvarez & Marsal Brasil, querealizou um estudo sobre concentraçãodo mercado brasileirode varejo. “Nos Estados Unidos,as cinco maiores companhias devestuário correspondem hoje a45% do segmento. E o Brasil caminhapara este patamar nospróximos anos”, diz Seixas.
Segundo ele, o motivo para oatraso dos movimentos de consolidaçãoentre as companhiasde vestuário é a grande informalidadedo mercado. “Isso dificultamuito as negociações”, aponta.Esse cenário deve-se à grandeparcela de empresas pequenase de abrangência local ou regionalque dominam o vestuáriono país, representando cercade 60% atualmente.
“A expansão orgânica nestaárea é um processo lento pelasdificuldades de se achar um espaçoadequado para esse tipode loja”, diz o sócio-diretor daconsultoria, sobre as dimensõesacima da média que são necessáriaspara abrir um estabelecimentode vestuário. “Mesmocom o ‘boom’ de shoppingcenters, não há como ter váriaslojas deste segmento dentrode um mesmo centro decompras”, aponta.Nacionais X estrangeiras.
Com a expectativa de ocorrerfusões e aquisições nos próximosanos e o novo patamarque a economia brasileira atingiunos últimos dois anos, Seixasavalia que as companhiasnacionais devem se sobressairsobre as estrangeiras nas negociaçõesque se aproximam.“Vão ocorrer os dois movimentos,mas as empresas brasileirassairão na frente, pois estãocrescendo em ritmo mais acelerado”,diz ele.
No estudo realizado pelaconsultoria Alvarez & MarsalBrasil, os segmentos de construçãoe drogarias também apareciamao lado de vestuário comoos últimos a terem umaconcentração de mercado. “Asdrogarias acabaram de entrarnessa movimentação. Já naconstrução o que atrapalha é alogística, que é muito complicada”,afirma.
(Por Brasil Econômico) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo