O setor de alimentação encerrou 2016 com faturamento de R$ 614,3 bilhões, o que representou um crescimento nominal de 9,3% em relação a 2015, de acordo com dados da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Conforme a entidade, a produção do setor teve queda de 0,96%, com melhora em relação a 2015, quando houve recuo de 2,9% na produção. As vendas apresentaram melhora, com retração de 0,63%, ante queda de 2,73% um ano antes.
A associação informou que os investimentos no setor de alimentação apresentaram queda de 14,3% em 2016 em relação ao ano anterior, chegando a R$ 9 bilhões, ante R$ 10,5 bilhões um ano antes. O volume de fusões e aquisições no setor, em contrapartida, aumentou 25,7% no ano, para R$ 11,6 bilhões.
Edmundo Klotz, presidente da Abia, considerou que houve uma mudança na forma de investir das empresas do setor. “Em vez de investir em fábricas novas, as empresas estão comprando outras. Isso não gera emprego, mas mostra que o setor continua com credibilidade no mercado”, afirmou Klotz. Considerando a soma de investimentos, fusões e aquisições, houve incremento nos aportes totais de 4,6%, para R$ 20,6 bilhões.
Klotz observou que, nos anos anteriores, o setor fez desembolsos na construção de fábricas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do País. Com a recessão, as companhias postergaram investimentos em novas unidades, à espera da melhora no cenário de consumo. A maior parte dos aportes no ano passado foram voltados à ampliação de linhas de produção, desenvolvimento de produtos e manutenção das fábricas já existentes.
Denis Ribeiro, diretor do departamento econômico da Abia, observou que a média história de investimentos no setor é de R$ 11 bilhões por ano. Para o economista, com a recuperação da atividade brasileira, a produção do setor volta a crescer, podendo estimular investimentos no futuro. “O setor está voltando neste ano à normalidade. À medida que aumentar o uso da capacidade instalada, as indústrias devem voltar a investir em novas fábricas”, disse Ribeiro.
Projeções
Para 2017, a Abia projeta avanço entre 0,6% e 1,2% na produção. Para as vendas reais, a Abia projeta incremento de 0,7% a 1,5%. Em 2016, o faturamento da indústria teve uma queda real de 0,63%
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM