A intenção do consumidor em comprar caiu 2,8% em novembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo apurou a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Na relação com outubro, porém, houve leve aumento, de 0,5% nessa intenção.

Apesar do crescimento na relação mensal, a Confederação indica que esse aumento não sinaliza ainda uma recuperação consistente no ânimo dos consumidores para gastar. Tanto é que o índice se encontra nos 74,3 pontos, muito abaixo dos 100 pontos, que é a zona da indiferença e mostra que ainda existe a percepção de insatisfação com a situação atual.

“A demora para que ocorra uma efetiva recuperação do mercado de trabalho e a consequente melhora da situação financeira das famílias tem levado à sustentação de um comportamento cauteloso por parte do consumidor. Como resultado, embora os indicadores de confiança estejam avançando, ainda não existe, de fato, uma retomada do consumo”, explicou, em nota, o economista da CNC Bruno Fernandes.

Dentre os indicadores que formam a intenção de consumo, o do Emprego Atual, que mede a satisfação dos brasileiros com o emprego, se manteve estável em relação a outubro e sofreu aumento de 1% frente ao mesmo mês do ano anterior. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao Emprego Atual é de 30,9%.

Já o componente que mede o Nível de Consumo Atual cresceu 2,9% em relação a outubro e caiu 11,4% na base anual. Segundo a pesquisa, 62,8% das famílias declararam estar com o nível de consumo menor que o do ano passado.

Já o indicador Acesso ao Crédito se manteve estável na comparação mensal e apresentou redução de 10,4% em relação a novembro de 2015.

(Por NoVarejo – Camila Mendonça) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM