O consumidor latino americano já espera do varejo novas experiências que agreguem mais valor e conveniência às compras dentro e fora das lojas, revelou a quinta edição da pesquisa Cisco Consulting Services, realizada com mais de mil consumidores do Brasil e México e divulgada nesta terça-feira (14) pela Cisco.

De acordo com o levantamento, 23% dos entrevistados afirmaram que gostariam de ter experiências mais personalizadas e contextualizadas em relação aos seus padrões de compra, em busca da chamada “hiper-relevância”.

Para a Cisco, essa tendência consiste em agregar mais valor à jornada de compra do consumidor, utilizando novas tecnologias, análise de dados e monitoramento de histórico de compras de cada cliente, para entregar uma experiência mais relevante, usando ferramentas como grandes descontos em produtos e engajamento em tempo real.

A pesquisa identificou, por exemplo, que consumidores brasileiros e mexicanos consideram positivos:

  • O uso de sinalização digital interativa dentro de lojas para facilitar a localização de produtos (86% dos respondentes em ambos países);
  • O uso smartphones para escanear produtos e receber ofertas especiais personalizadas em loja (82% dos brasileiros e 80% dos mexicanos);
  • O uso de pagamentos móveis através de smartphones e smartwatches em loja (77% dos brasileiros e 79% dos mexicanos).

Consumidores dos dois países também já se mostram receptivos a tendências como a compra de produtos online e retirada em loja no modelo drive-through (75% dos consumidores brasileiros e 82% dos mexicanos) e a retirada de produtos em guarda-volumes espalhados pela cidade, como no formato atual do Amazon Locker (78% dos brasileiros e 82% dos mexicanos).

Quase um terço dos consumidores latino-americanos também já utiliza semanalmente aplicativos móveis de compra independentes para aquisição de produtos (28% no Brasil e 31% no México). Aplicativos da própria marca da loja são ainda mais eficientes para garantir o retorno do cliente: em média, 37% dos brasileiros e 51% dos mexicanos usam esses apps toda semana.

O levantamento avaliou ainda que empresas que integram valor através de tecnologias da Internet das Coisas em suas lojas podem elevar seus lucros em até 15,6%, através de inovações que apliquem análise de dados em tempo real, sensores, câmeras e dispositivos móveis.

“A gente tem visto no varejo um grande movimento de empresas vindo buscar mais informações sobre experiência do cliente, como transformá-la dentro da loja com Wi-Fi, personalização, analíticos dentro da loja”, comentou Resemary Arakaki, gerente de desenvolvimento de novos negócios para varejo da Cisco. “Há um movimento no Brasil de consultores de nicho trabalhando para fomentar isso”.

Na próxima semana, a Cisco deverá levar 20 tomadores de decisão de varejistas nacionais para sua sede em San José, para reuniões com fornecedores de tecnologia e com cases da empresa de aplicação de IoT no varejo. “Isso ainda está começando por aqui, mas existe um esforço nesse sentido”, avalia.

(Por Canaltech – Rafael Romer) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM