O setor de franquias cresceu 7,6% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, em valores nominais (ou seja, sem descontar a inflação). Ao todo, as franquias faturaram R$ 33,7 bilhões no período. No acumulado dos últimos 12 meses, a receita do setor cresceu 7,9%.

Assim como os demais segmentos do varejo, o setor de franquias também sentiu o impacto da crise. O aumento de custos, queda do consumo e crédito mais limitado fizeram as franquias ficarem mais conservadoras nos últimos meses.

“O franchising é um setor que aplica indicadores de desempenho e os acompanha constantemente, tomando medidas para preservar sua operação. E foi isso o que ocorreu no primeiro trimestre. Frente a um cenário dos mais desafiadores, as redes buscaram alternativas, das quais destacamos promoções, campanhas de incentivo, revisão de mix de produtos, renegociação com fornecedores, identificação de novos mercados e até o desenvolvimento de novos modelos de negócios”, afirmou a presidente da ABF, Cristina Franco.

Segundo ela, “a natureza colaborativa do franchising, em que ambas as partes buscam conjuntamente o desenvolvimento do negócio, confere maior resiliência ao nosso sistema. Somos um dos últimos setores a entrar na crise e um dos primeiros a sair”, disse. “A capacidade de inovação também é outro fator chave. Mesmo em nosso atual momento, novos negócios e novos empreendedores continuam a movimentar o setor”, completou.

A pesquisa mostra que no primeiro trimestre, o setor registrou um crescimento de 2,9% no número de unidades. O setor também recebeu 108 novas marcas de franquias.

“Mesmo que de forma mais conservadora, notamos que as redes mantêm seus planos de expansão, buscando, inclusive, mercados menos explorados e pontos comerciais em melhores condições. Também notamos um crescente interesse por modelos mais compactos ou que demandam menor investimento inicial”, afirmou, em nota, Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF. “Por outro lado, grandes marcas, nacionais e internacionais, continuam a adotar o franchising como um meio de expandir seus negócios de forma mais rápida, segura e com menor necessidade de capital próprio no Brasil”, completa.

(Por NoVarejo – Camila Mendonça) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM