Com alta nominal de 12% entre 2014 e 2015 e abertura de 50 lojas no País, o atacarejo impulsionou o crescimento de 3,1%, em termos nominais em 2015, do setor atacadista e distribuidor. Os dados são da pesquisa realizada anualmente pela ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), que ouviu 544 atacadistas e distribuidores de todo o País. Com isso, o faturamento anual do setor atingiu R$ 218,4 bilhões.
Apesar do crescimento expressivo, o número de atacarejos (em torno de 500) é reduzido em relação ao setor como um todo, estimado em mais de 5 mil empresas de diversos portes, sendo que 3 mil delas são associadas à ABAD.
Questões como o desemprego e a alta da inflação fizeram com que as pessoas retomassem a fazer as compras mensais, em contraponto às semanais. Além disso, a busca por ofertas e embalagens econômicas, bem como marcas alternativas tiveram leve crescimento. Nesse aspecto, foram os supermercados médios que apresentaram melhor desempenho.
Já os pequenos varejos de vizinhança, embora continuem a cumprir um papel importante nas compras de reposição ou de conveniência, apresentaram crescimento reduzido ou queda, justificando retração de 1,1 p. p. na participação do setor dentro do mercado mercearil nacional.
Para o presidente da ABAD, José do Egito Frota Lopes Filho, apesar da situação momentaneamente difícil, esse movimento de ajuste é positivo: “A necessidade impele o empresário a pôr a casa em ordem e prepara o negócio para um novo salto de crescimento sustentado, assim que a economia mostrar alguma recuperação. A dificuldade, enfrentada com criatividade, no futuro irá beneficiar o setor”, conclui Filho.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM