O Grupo Iguatemi, empresa de shopping centers, fechou o ano de 2015 com queda de 16,1% no lucro líquido no ano passado, na relação com 2014. Ao todo, a empresa conseguiu um lucro líquido de R$ 193,6 milhões, contra os R$ 230 milhões de 2014.
Apesar da queda, a empresa conseguiu aumentar a receita líquida em 8,1%. No ano passado, o Ebtida da empresa (o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 504 milhões, um aumento de 11% em relação a 2014.
As vendas totais atingiram R$ 11,9 bilhões em 2015, 12% acima de 2014. As vendas mesmas áreas cresceram 5,8% no ano. Os aluguéis mesmas lojas aumentaram 6,8% no ano.
O crescimento das vendas totais deve-se, segundo a empresa, à qualidade dos empreendimentos, que continuam crescendo apesar da crise econômica; da maturação dos greenfields e expansões inaugurados nos últimos anos; da densificação do entorno imediato dos shoppings; e da compra de participação no Shopping Pátio Higienópolis, que não fazia parte do portfólio em 2014.
“Observamos ao longo dos últimos anos um aumento da representatividade dos shopping centers nas vendas do varejo e restaurantes, o que acreditamos ser uma tendência para os próximos anos não apenas pelo aumento no número de empreendimentos, mas também pela migração do varejo, principalmente o de alta renda, da rua para dentro de shopping centers”, comentou a empresa em relatório.
“Esse movimento, aliado à reponderação no portfólio de lojas dos varejistas deve fortalecer nossa resiliência como canal de vendas ao consumidor”, disse. O recuo no lucro também veio mesmo com uma redução nos custos da empresa, de 4,4%.
Para 2016, a empresa segue com a estratégia atual. “Nossa estratégia atual está diretamente associada ao momento econômico do país e desprioriza, no curto prazo, a importância do desenvolvimento de novos greenfields, em função de um menor interesse do varejo em crescer através de novos empreendimentos. O foco nesse momento está na redução de Custos e Despesas, desalavancagem, maturação dos empreendimentos inaugurados nos últimos anos, adensamento dos entornos, e aquisições seletivas”, diz.
(Por NoVarejo – Camila Mendonça) Varejo, Núcleo de estudos e negócios do varejo, Retail Lab