Um dia depois do fracasso das negociações do Grupo Pão de Açúcar para compra das operações do Carrefour no Brasil, o presidente do Walmart no País, Marcos Samaha, não descartou a possibilidade de, no futuro, comprar redes varejistas. “Aquisições no futuro podem voltar a fazer parte desse cenário, mas não comento sobre qualquer projeto de aquisição”, afirmou ontem o executivo, ao ser questionado sobre o provável entendimento entre a maior rede varejista do mundo e o Carrefour.
Após o evento para lançamento de produtos sustentáveis promovido pela companhia, Samaha disse que a empresa tem interesse de continuar crescendo “de forma muito intensa” no Brasil. Ele lembrou as duas aquisições muito bem-sucedidas do Sonae, em 2004, e do Bompreço, em 2005. De acordo com o executivo, esses negócios valeram a pena do ponto de vista geográfico. “Outras aquisições que se enquadrem nesse ponto de vista estratégico poderão vir a ser estudadas.”
Com a compra do Sonae, o Walmart passou atuar no Sul do País. Com a aquisição do Bompreço, a rede abriu o leque na região Nordeste, que despontou como um mercado consumidor voraz. De acordo com analistas de mercado, hoje o Walmart é a única rede que tem forte presença fora do Sudeste, onde a sua atuação é pequena comparada com as duas outras regiões onde ele já está. A aquisição do Carrefour, portanto, que tem forte presença no Sudeste, faria todo sentido para a expansão do Walmart.
(Por Estado de S. Paulo)