O Citigroup confirmou nesta sexta-feira a intenção de vender seus negócios de varejo no Brasil, na Argentina e na Colômbia, que incluem as áreas de banco de varejo e cartões de crédito. O Citi informa que manterá a presença e o atendimento para clientes corporativos e institucionais nesses mercados.

As operações colocadas à venda serão transferidas do Citicorp para a Citi Holdings, por meio da qual passarão a apresentar relatórios financeiros a partir do primeiro trimestre de 2016.

Após a reestruturação, o negócio de varejo do Citi atenderá 54 milhões de clientes nos Estados Unidos, no México, no Pacífico Asiático, na Europa e no Oriente Médio, que hoje representam 93% da base de receita da instituição.

Em comunicado, o presidente do Citi, Michael Corbat, afirmou que o banco decidiu focar esforços nas oportunidades com os clientes institucionais nesses países e em toda a América Latina.

No Brasil, o Citi ocupa a 11ª posição no ranking de ativos do setor, com R$ 80,6 bilhões, de acordo com dados do Banco Central. A unidade na Argentina, fundada em 1914, foi a primeira filial do banco fora dos Estados Unidos e reúne US$ 3 bilhões em ativos.

Nos últimos anos, o Citi teve idas e vindas em sua estratégia para o varejo brasileiro, alternando momentos em que pretendia focar na alta renda com outros em que resolveu ampliar o atendimento a clientes mais populares. O último ajuste estratégico se deu no começo de 2013, quando Fábio Fontainha assumiu a área de varejo e iniciou um reposicionamento para tornar o segmento 100% centrado no mercado de alta renda.

Naquele momento o banco tinha 71 agências no país e o executivo considerava ter atingido um número ótimo para seu propósito. O executivo também vinha promovendo uma remodelagem das agências, para distanciá-las do conceito tradicional, com caixas e filas, substituídos por salas de reunião para um atendimento personalizado.

(Por Valor Econômico) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM