Consumidores da China gastaram US$ 116,8 bilhões em itens de luxo no exterior em 2015, de acordo com o jornal “China Daily”. Isso significa 46% do volume global de bens de luxo, que incluem itens de marca em couro, cosméticos e eletrônicos, de acordo com consultores do Fortune Character Group, que chegou a este número após observar as receitas de cerca de 20.000 marcas.

O governo diz que 120 milhões de turistas chineses foram ao exterior em 2015 e contribuíram com 12% dos gastos globais em suas férias. Muitos consumidores chineses tendem a fazer esse tipo de compra no exterior porque bens de luxo importados para a China custam muito caro, em parte por causa de altas tarifas de importação. A Câmara de Comércio Internacional da China descobriu no ano passado que os preços de itens de luxo eram até 68% maiores na China em comparação aos preços nos Estados Unidos e na Europa.

Isso fez com que muitas marcas estrangeiras fechassem suas lojas na China, como a francesa Louis Vuitton, que fechou unidades em Cantão, Harbin e Urumqi no ano passado. Outras marcas de luxo como Burberry, Hermes, Armani e Prada também fecharam lojas na China ao longo dos últimos dois anos. Algumas marcas, no entanto, permanecem otimistas em relação ao país. A Apple, por exemplo, expandiu agressivamente no país no último ano, e estabeleceu como objetivo ter 40 lojas na China até a metade de 2016.

O varejo doméstico tem crescido como um impulsionador econômico para o país, enquanto a economia encara sua menor taxa de crescimento em duas décadas. O consumo contribuiu com 66,4% do PIB em 2015, contra 15,4% em 2014.

(Por Forbes) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM