As vendas de produtos de higiene e beleza somaram R$ 42,7 bilhões em 2015. O valor representa uma queda de 6% em relação ao ano anterior, já descontada a inflação de acordo com levantamento da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Depois de crescer em dois dígitos por mais de duas décadas, esta é a primeira retração do setor em 23 anos.
“Todos enxergavam como imunes ao processo de aumento de carga tributária, pensavam que seríamos resilientes”, afirma João Carlos Basilio, presidente da Abihpec. “Infelizmente, não estamos vislumbrando a possibilidade de o setor se recuperar”.
O “efeito batom”, que supõe o aumento de gastos com produtos de beleza em tempos de crise econômica, como uma busca pela elevação da autoestima, teria sucumbido à queda de renda.
A retração econômica, a falta de definição do cenário político, a crise hídrica e o aumento de tributos foram os principais fatores a influenciar a queda nas vendas do setor.
Em 2016, o aumento da alíquota de ICMS em 17 estados pode trazer um novo obstáculo ao setor, segundo a avaliação da Abihpec. Os produtos devem sofrer aumento de preço entre 5,9% e 16%, em média, devido ao tributo.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM