De acordo com dados publicados pela companhia, a receita bruta do JK apresentou uma queda de 0,4% no terceiro trimestre, apesar dos reajustes automáticos dos aluguéis, em função de uma maior vacância, “principalmente decorrente da saída de alguns varejistas internacionais do Brasil, como Kate Spade e TopMan), e de uma queda nas receitas de locações temporárias (merchandising)”, informou em balanço, divulgado na noite de ontem, terça-feira.
“O JK já entrou no seu terceiro ano de operação e saídas de marcas é algo natural nessa altura, quando você começar a ver rotatividade, ainda mais com mudança de dólar. Tem gente que quer deixar o Brasil, mas também tem fila de gente querendo entrar”, diz Carlos Jereissati Filho, presidente da empresa, em teleconferência com analistas na manhã desta quarta-feira.
Esses ajustes acabaram pressionando índice de vacância na empresa, que subiu de 5% para 6% nos últimos 12 meses, até setembro.
De janeiro a setembro, esse índice subiu dois pontos, de 4% para 6%. “Não vemos isso com preocupação. Somos uma empresa que buscar inovar e tem muita novidade entrando e estamos nos ajustando para essa entrada”, disse o executivo.
A Iguatemi ainda informou o adiamento na abertura de outlets, em acordo com lojistas, por causa da desaceleração de investimentos dos varejistas. “Há lojistas que querem passar pelo primeiro trimestre sem fazer investimentos, que preferem esperar esse período e então adiamos alguns investimentos para o segundo semestre, para um momento mais positivo”.
Empresa informou ainda que não deve atingir previsão de alta de 12% a 15% na receita líquida em 2015. O índice deve ficar um pouco abaixo dos 12%. A estimativa de margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, da sigla em inglês) deve ficar entre 76% e 79% em 2015, como projetado.
A direção de relações com investidores da companhia informou que novembro está sendo um mês mais fraco após outubro mais forte.
A receita líquida do grupo atingiu R$ 159,6 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 7,9%. O lucro líquido caiu 13%, para R$ 58,4 milhões, no comparativo anual.
(Por Valor Econômico) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM