Redução do número de importados nas lojas e revisão do portfólio fazem parte da estratégia das varejistas Eataly e St Marche, ambas de São Paulo, para poder manter o limite de preços que cobravam de seus consumidores antes da disparada do dólar. Outro objetivo é não diminuir a rentabilidade. Com isso, produtos com taxa de câmbio acima de R$ 3,50 começam a sair das gôndolas, conforme revela reportagem do Valor Econômico. Para substituir, as redes passaram a adquirir itens com taxa entre R$ 3,20 e R$ 3,30. Outros produtos passaram a ocupar menor espaço nas prateleiras.
Mesmo assim, as variações de câmbio são repassadas para o público, mas sem ultrapassar o limite que o consumidor está disposto a pagar. Outra medida que poderá ser adotada pelo Eataly é o aumento nos preços nos restaurantes dentro das lojas para fazer o repasse das taxas. Segundo o Valor, 60% da receita da rede vêm dos restaurantes.
Para os executivos das redes, o aumento do dólar surtiu efeito no consumo da classe de maior renda, que passou a dar preferência a outras marcas, mas não houve redução nas compras. “Cai a frequência nas lojas, mas quando ele vai, compra mais”, diz Victor Leal, sócio das redes. No St Marche, a previsão para este ano é um aumento de 45% na receita de suas 20 lojas. Até 2018, o plano é atingir expansão de 30% ao ano. Já o Eataly, com apenas uma unidade, deve alcançar vendas de R$ 120 milhões em 2015.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM