O comércio eletrônico apresentou crescimento nominal de 16% no primeiro semestre de 2015. O faturamento chegou a R$18,6 bilhões (ante R$ 16,1 bilhões no mesmo período do ano passado).

De acordo com o relatório WebShoppers divulgado hoje (19) pela E-bit/Buscapé, o resultado foi impulsionado pelo aumento de 13% no tíquete médio (que chegou a R$ 377) justificado tanto pelo aumento dos preços quanto pelo maior volume de vendas dos segmentos de Eletrodomésticos e Telefonia.

No entanto, ao todo 17,6 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra no e-commerce brasileiro, somando 49,4 milhões de pedidos no semestre. Esses dados representam uma queda de 7% no volume de compradores, que , segundo o relatório, pode ter sido potencializada pelos consumidores “light users”, aqueles que costumam fazer pelo menos uma compra a cada seis meses, mas que dessa vez não compraram nada.

O segmento de Moda e Acessórios, mesmo tendo registrado uma queda em relação ao mesmo período do ano passado, continua na liderança das vendas por categoria, com 15% do volume de pedidos. Em seguida aparecem Eletrodomésticos, 13% e Telefonia/Celulares, com 11% das compras.

Considerando o faturamento, o relatório mostra Eletrodomésticos com 25% de participação, seguido por Telefonia/Celulares com 18% e Eletrônicos, com 12%. O aumento nas vendas no segmento de Eletrodomésticos apresentou aumento de 41% no faturamento, em relação ao primeiro semestre de 2014. Segundo André Ricardo Dias, diretor executivo da E-bit/Buscapé, antes havia muito receio por parte dos consumidores em comprar pela internet, mas hoje as pessoas se sentem mais seguras. “A tendência é que o brasileiro compre de tudo pela internet”, afirma.

Em razão do cenário macroeconômico, a Classe C reduziu as compras pelo e-commerce também, e isso tem causado a desaceleração das vendas pelo canal. Tanto que a E-bit/Buscapé revisou a projeção para o acumulado de 2015 de 20% para 15%. A estimativa é que o e-commerce alcance um faturamento de R$ 41,2 bilhões, com um aumento de 5% no total de pedidos para o segundo semestre.

De acordo com Pedro Guasti, vice-presidente de Relações Institucionais do Buscapé, o terceiro trimestre tem se apresentado como o pior do ano. “Mas as expectativas são boas para os últimos três meses do ano, principalmente em razão da Black Friday”, comenta Guasti.

(Por NoVarejo – Escrito por  Mariane Rocigno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM, E-Commerce