A parcela da população atrelada ao discurso do consumo consciente afirma estar disposta a dar sua contribuição para salvar o planeta. Entre os brasileiros, 59% se dizem dispostos a pagar mais por um produto verde, mas na hora de investir tempo ou dinheiro, esse número cai para 22%. Na média de 11 países, esse engajamento é de 52%, segundo estudo divulgado pela FSC.

“Estar disposto é um passo importante, mas o Brasil ainda não é um mercado pronto para pagar o custo social e ambiental que as cadeias verdes internalizam”, afirma Fabíola Zerbini, diretora executiva do FSC Brasil.

A reclamação mais recorrente dos produtores certificados é que os consumidores não conhecem os benefícios do selo e, por isso, não se mostram dispostos a pagar por ele. Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade do Carrefour, afirma que os grandes varejistas têm um papel a cumprir na mudança deste cenário. “Uma grande rede funciona como ponte entre o produtor e o consumidor.”

Em 2012, o Carrefour iniciou no Brasil a venda de cortes de carne certificada pela Rainforest Alliance, em uma iniciativa única no mundo. São 136 critérios que, além de garantir a procedência da carne, impedem o desmatamento ilegal e controlam as emissões de gás carbônico. Mesmo com um preço maior – o produto está classificado no segmento premium –, as vendas apresentam bons resultados.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM