A tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) ganha cada vez mais espaço no varejo. Os benefícios (diminuição das rupturas e consequente aumento nas vendas, maior acurácia de estoques, redução das perdas, aumento da eficiência operacional, etc.) são amplamente conhecidos pelos setores que já adotam a solução, e alguns mitos, como o do alto custo, estão sendo deixados para trás. Porém, muitos varejistas ainda têm dúvidas sobre o funcionamento do RFID. Bruno Calaça, gerente de RFID da Tyco Integrated Security, esclarece algumas dessas questões.
1-A tecnologia pode ser utilizada como antifurto?
Já existem alguns varejistas utilizando-a, porém seu desempenho é aproximadamente 30% inferior quando comparado, por exemplo, à tecnologia AM. RFID pode ser utilizado como antifurto, mas não é sua aplicação principal e nem é a melhor tecnologia para isso.
2-Consigo imprimir informações legíveis nas etiquetas?
Sim, é possível imprimir nas etiquetas RFID as mesmas informações de uma etiqueta de preços, de código de barras ou até mesmo gerar uma etiqueta de composição inteligente com RFID.
3-É possível gravar informações nas etiquetas durante os processos?
Sim, em qualquer etapa do processo é possível incluir informações nas etiquetas, como data de expedição do produto, data de recebimento na loja, cupom fiscal, etc.
4-Qual o aumento possível na eficiência dos inventários com o RFID?
É possível ter ganhos consideráveis na produtividade dos inventários. Em um exemplo simples, enquanto um coletor de código de barras lê 400 códigos por hora, o handheld RFID lê 4000 etiquetas por hora.
5-E se o cliente retirar a etiqueta do produto?
O produto somente pode ser identificado se ainda possuir a etiqueta RFID. Por isso, a etiquetagem correta é tão importante. Por exemplo, a estratégia de etiquetagem na origem. Isso garante uma rastreabilidade do produto desde a sua origem. Além disso, garante-se um percentual de produtos etiquetados muito maior do que a utilização de etiquetas recirculáveis. Para produtos têxteis, por exemplo, a costura da etiqueta é a melhor estratégia.
6-Como é feita a integração do RFID com o PDV?
Existem formas bem simples de se realizar essa integração, normalmente com a utilização de um webservice. Isso significa que o PDV do cliente terá o espelho de tudo o que for lido no momento da leitura RFID no caixa.
7-Consigo obter os dados lidos da solução RFID em meu smartphone?
Sim. Atualmente, já existem soluções que permitem a integração também com smartphone, o que facilita a visibilidade de informações por todos os envolvidos na cadeia de suprimentos varejista.
8-Quanto custam as etiquetas?
O preço das etiquetas depende muito do volume e tipo de etiqueta. Por exemplo, etiquetas RFID UHF para verejo têxtil já são encontradas no mercado a um preço em torno de R$ 0,30.
9-Todos os produtos podem ser etiquetados?
A grande maioria dos produtos pode ser etiquetada. Ajustes ou etiquetas especiais podem ser necessários, tendo em vista as limitações de aplicação em materiais como metais e líquidos.
10-A etiqueta é reutilizável? Ela tem vida útil?
Já existem no mercado etiquetas reutilizáveis e é uma estratégia também utilizada. Como qualquer componente eletrônico, a etiqueta RFID tem vida útil, porém são necessários anos ou mesmo décadas para que ela torne-se inutilizável.
Sobre a Tyco Integrated Security (ex-Plastrom Sensormatic)
Tyco Integrated Security (IS), anteriormente conhecida como Plastrom Sensormatic, lidera o mercado de performance de loja, prevenção de perdas, soluções de segurança e gerenciamento para o varejo no Brasil há mais de 25 anos. É uma unidade de negócios da Tyco, que projeta, instala e oferece serviços para soluções e sistemas de segurança eletrônica a varejistas e setores relacionados. Para mais informações, visite www.tycois.com.
(Por Pimenta Comunicação) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM