A CVS, maior varejista de saúde dos Estados Unidos, abriu um laboratório de inovação digital em Boston para acelerar as iniciativas on-line e mobile da empresa. A intenção é chegar a ter 100 pessoas trabalhando no laboratório, o que praticamente dobra a atual estrutura de desenvolvimento digital existente na companhia.
A empresa, que recentemente adquiriu 1.600 farmácias da Target nos Estados Unidos e desistiu (ao menos temporariamente) da compra da DPSP, segunda maior rede do setor no Brasil, acredita que as tecnologias digitais podem empoderar os clientes a qualquer hora, em qualquer lugar, o que estimula o relacionamento deles com a marca e gera novas oportunidades de negócios. “Estamos duplicando nossos investimentos digitais, antecipando a crescente preferência dos clientes por cuidar de sua saúde por meio de plataformas on-line”, afirmou o Chief Digital Officer da empresa, Brian Tilzer.
A ideia é que o laboratório funcione mais como uma startup do que como parte de uma corporação multibilionária, permitindo que a equipe digital leve ideias para o mercado rapidamente e acompanhe o ritmo acelerado de evolução das plataformas digitais. A CVS disse que pretende desenvolver uma série de ações on-line e mobile no futuro próximo, como beacons, lembretes de uso dos medicamentos e aplicativos que sejam usados como apoio a diagnósticos, mas não deu detalhes a respeito.
A importância das plataformas digitais para a CVS ficou nítida no mês passado, quando o CEO da empresa, Larry Merlo, disse, durante a apresentação dos resultados do ano fiscal 2014/2015, que os clientes que usam o programa fidelidade ExtraCare por meio do app mobile gastam quatro vezes mais que a média. A varejista, porém, ainda tem uma presença tímida on-line: de seu faturamento da ordem de US$ bilhões, apenas US$ 329,4 milhões vieram da internet no ano passado, segundo estimativa da Internet Retailer.
(Por NoVarejo – Escrito por Renato Muller) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM